Herói ou Traidor? – A Ética da Delação

Imagem que bombou na internet remete à dúvida sobre as intenções de Edward Snowden
Fonte da Imagem: http://youoffendmeyouoffendmyfamily.com/hero-or-traitor/

A delação envolve a revelação de uma ilegalidade ou de conduta imprópria que está ocorrendo dentro de uma organização.  Isso necessariamente envolve a divulgação de informações secretas para além dos limites permitidos por aqueles que estão tentando mantê-las secretas.  Normalmente, tal ato envolve a publicação e a revelação para o público geral.  Em decorrência do fato de que delatores existem dentro da organização que eles estão delatando, eles quase sempre estão sob alguma exigência contratual ou estatutária de não revelar a informação que estão revelando.  Se um indivíduo aceita ao pé da letra estas obrigações, então seria de se imaginar que a delação deve sempre ser considerada uma infração da lei, e possivelmente também um desvio de ética, ao menos na medida em que envolve uma quebra de contrato perante a organização em que o delator está empregado.  De acordo com esta visão, a delação jamais pode ser legalmente justificada; somente se houver um imperativo ético para se quebrar a lei é que tal ato pode ser justificado eticamente [...]

Edward Joseph Snowden  é um analista de sistemas, 16 ex-administrador de sistemas da CIA e ex-contratado da NSA 17 que tornou público detalhes de vários programas que constituem o sistema de vigilância global da NSA americana. A revelação deu-se através dos jornais The Guardian e The Washington Post, dando detalhes da Vigilância Global de comunicações e tráfego de informações executada atraves de vários Programas, entre eles o programa de vigilância PRISM dos Estados Unidos. Em reação às revelações, o Governo dos Estados Unidos acusou-o de roubo de propriedade do governo, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e comunicação intencional de informações classificadas como de inteligência para pessoa não autorizada. 
Em junho de 2013, Edward Snowden, falando de seu trabalho para a NSA e dos motivos porque decidiu correr os riscos de revelar a existência dos programas de vigilância e espionagem mundial, disse:

"Eu sou apenas mais um cara que fica lá no dia a dia em um escritório, observa o que está acontecendo e diz: 'Isso é algo que não é para ser decidido por nós; o público precisa decidir se esses programas e políticas estão certos ou errados." (Snowden, junho de 2013). 



Estudo de Caso:


Espionagem e os direitos humanos - posicionamento de Dilma Rousseff

Postado por: Bianca Borges

3 comentários:

  1. Por um lado temos o Código de Ética dos profissionais de TI que garante a privacidade dos dados da companhia e por outro lado temos o Código de Cidadania. No caso Snowden o questionamento será quais dos dois códigos éticos é o mais relevante.

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  2. Um herói. Poucos são os que tem a coragem de denunciar a sua própria companhia. Acima do código de ética profissional temos o de Cidadão. Snowden sabia os riscos que correria (e está correndo) e mesmo assim preferiu divulgar a verdade.

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  3. Acredito que seja também um herói, pois sacrificar a propria vida em favor de outras pessoas que você nem conhece, é um ato de heroísmo. Também a CIA citar como assuntos de inteligencia emails hackeados da presidencia da republica, não faz muito sentido.

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